A “lista” de cada um

Todo mundo tem uma espécie de “lista de pré-requisitos” na hora de se relacionar com outros indivíduos. Seja para fazer amizades, ter um relacionamento afetivo, formar alianças profissionais ou mesmo dar uns beijos numa balada qualquer, todos têm essa relação de atributos guardada na mente e coloca ela pra funcionar diante dessas e outras situações sociais.

Essas listas são formadas no nosso (sub)consciente de acordo com vários fatores: nossas experiências anteriores, valores familiares, crenças, traumas, preferências pessoais e por aí vai. Nossa cabeça cria projeções o tempo todo e essas projeções são bastante individuais. Com isso, inevitavelmente fantasiamos uma “vida perfeita”, que abrange uma carreira profissional de sucesso, a vida acadêmica com todos os êxitos possíveis, a caminhada matinal relaxante pelo parque acompanhado(a) pelos cachorros e, claro, o relacionamento dos sonhos com o(a) parceiro(a) ideal.

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A relação inversamente proporcional entre autoconhecimento e sofrimento

Lembro bem de uma coisa que minha terapeuta disse em uma das nossas primeiras sessões:

“Eu não prometo melhora, isso seria estelionato. Eu prometo autoconhecimento.

Na hora aquilo me pareceu absurdo e insuficiente. Eu estava sofrendo e queria melhorar, era simples assim! O que eu fui aprendendo com o passar do tempo e das sessões seguintes é que quanto mais a gente se conhece, menos a gente sofre, porque uma coisa é inversamente proporcional à outra.

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Escolha alguém que faça questão de te enturmar entre seus amigos

Existe um ponto chave na maioria dos relacionamentos que estão começando: a hora de apresentar o(a) seu(sua) “pretendente” aos amigos. É um momento que exerce uma inevitável pressão para todos os lados, mas especialmente para o(a) tal pretendente. É ele(a) que está inserido em um ambiente novo, com pessoas desconhecidas e, no meio disso tudo, existe aquela voz incessante que te diz que você precisa ser uma companhia agradável e conseguir se enturmar para “passar no teste”.

Do outro lado, não podemos ignorar o “elemento mediador” de tudo isso. Não existe fórmula exata ou regra de etiqueta que determine a maneira certa de conduzir essa situação. Afinal, ele tem ou não a obrigação de fazer o papel de “ponte” entre o grupo social do qual já faz parte e a pessoa que está tentando entrar nele?

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Afinal, o que é “seguir em frente”?

Quando terminamos um relacionamento, é muito comum ouvirmos coisas como “Você tem que sair, beber, dançar, se divertir” ou “Você só supera um amor colocando outro no lugar”. Na maioria das vezes, essas frases vêm carregadas de boas intenções por parte de nossos amigos e pessoas que nos querem bem. Mas será que é isso mesmo que a gente precisa para seguir em frente?

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O melhor fim de semana da minha vida

Quem conviveu comigo nesse meu último ano de vida sabe que foi um período… difícil. De mudanças. Mudanças que vieram com muitas lágrimas, muita dor e que foram deixando cicatrizes fortes ao longo do processo. Eu vivi o “inferno astral” mais intenso da minha vida. Então, naturalmente, eu tinha aquela esperança tola de que, ao finalmente adicionar um número à minha idade, uma nova fase ia começar e um “novo Aleph” ia nascer. Ao mesmo tempo, eu tinha plena consciência de que nada mudaria efetivamente só com a passagem de mais um ano, e cabia a mim buscar uma solução para tal má fase. Então, eu completei 23 anos na última sexta-feira mais ou menos assim: tendo consciência de que eu estava vivendo a maior (e pior) crise da minha vida até então, e buscando forças para celebrar isso.

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Gay de 20 e poucos anos, vamos conversar?

Olá, gay de 20 e poucos anos. Como vai você?

Hoje eu gostaria de te propor um teste.

Puxe da sua memória seus últimos posts no Facebook, os grupos dos quais você participa, seus últimos tweets, os aplicativos que você mais usa no seu celular, as suas atividades diárias, suas preocupações, enfim: o que mais tem ocupado sua cabeça ultimamente. Faça isso também com o que você observa no seu círculo de amigos e conhecidos. Agora me responda: quanto por cento de tudo isso está relacionado a boys, crushes, balada, bebida, sexo, nudes, divas pop, signos e coisas desse tipo? Essa pergunta tem pululado na minha mente há algum tempo, mas um episódio recente fez isso martelar ainda mais forte dentro da minha cabeça.

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Ser o melhor é bem mais gostoso que ser o único

Certa vez, durante uma pillowtalk bem gostosa, eu ouvi uma frase que me fez muito bem na hora e que desencadeou uma série de pensamentos na minha cabeça.

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Tente não ser cuzão

Em um momento bastante conturbado da minha (curta, eu sei!) vida amorosa, eu acabei me deparando com um trecho bastante interessante de um texto chamado “Responsabilidade Emocional”, escrito por uma moça chamada Gio Sacche. Ela dizia o seguinte:

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